Nos últimos tempos, o assunto transição capilar acabou virando uma "febre" na internet, mas poucas pessoas falam sinceramente sobre o assunto. O que mais vemos, é uma chuva de conteúdos sobre produtos e muito pouco sobre o que é realmente passar por tudo isso, o processo de aceitação, as dificuldades e o principal, não existe glamour em passar por tudo isso.
Decidi começar a minha transição capilar por poucos motivos, mas eles eram fortes o suficientes pra mim. O primeiro é que pensei que meu cabelo pudesse voltar de fato, ao o que ele era, o que não aconteceu. O segundo, não me sentia bem quando ia em piscina, praia e esse tipo de coisa, não conseguia ser feliz se meu cabelo não estivesse escovado, nÃvel Monalisa. O terceiro, é que tenho um longo histórico de "rejeição" a quÃmica, meu cabelo não crescia bem, vivia quebrando, mesmo com todos os cuidados possÃveis.
Tomei essa decisão logo após fazer minha última quÃmica, que foi uma selagem capilar e de cortar franja, uma das coisas que mais sinto falta, é de usar franja mais curta, além de acordar "bonita', enfim, após tomar essa decisão, comecei a procurar na internet a respeito, foi quando encontrei vÃdeos da Dani Azevedo, falando sobre a transição dela. Ao olhar aqueles cachos lindos, lembrei de quando era criança, pois o meu cabelo era dez mil vezes mais solto do que ele é hoje, foi então que tive esperanças que tudo isso pudesse dar certo.
Seis meses depois de começar a transição, em dezembro de 2014, decidi dar um corte realmente significativo no cabelo e colocar mega hair, um alongamento cacheado que fosse o mais parecido com o que o meu cabelo era antes de começar a usar quÃmica, foi a fase mais gostosa nesse processo todo, pois pela primeira vez me senti de verdade, bonita. Durante um curto tempo... Com seis meses de mega, resolvi fazer o big chop e retirar tudo o que o meu cabelo ainda tivesse de quÃmica, mas não foi muito interessante. O meu cabelo não se misturou de forma perfeita no mega, então dava para ver alguns cachos bem pequenos, no meio de outros maiores, porém, ainda parecia que fosse voltar ao o que era. Nove meses depois, chegou a hora de tirar o alongamento de vez e começar a cuidar de verdade do meu cabelo natural, pois durante o tempo que fiquei de mega, não conseguia cuidar corretamente, o que deixou o meu cabelo muito judiado. Tirei o mega no final de fevereiro, começo de março do ano passado (2016), desde então, venho cuidando e me adaptando a este cabelo que não é nada fácil.
Quantas vezes, vemos vÃdeos de finalizações, inspirações de meninas cacheadas super maquiadas, marcas investindo nelas e quando você vai testar em você, daria um daqueles vÃdeos de expectativa vs realidade, sabe? Um belo meme para a internet. Você acorda, o cabelo esta uma verdadeira tristeza, todo amassado, algumas vezes sem chances de conseguir arrumar, é muito complicado viver todo esse processo.
Claro, para quem tem o cabelo mais solto, é muito mais fácil, pois mostra crescimento, é mais fácil para cuidar, para fazer penteados e esse tipo de coisa. Mas, no meu caso, o meu cabelo era de um jeito e hoje é muito mais crespo e menos cacheado, não mostra crescimento e a forma de pentear se resume em três formas, com grampo na lateral, sem nada e preso com uma meia ou elástico. Muitas vezes me olho no espelho e penso: será que fiz uma boa escolha? Pois sinceramente, não venho me achando nem um pouco bonita.
Além disso tudo, durante esse processo todo de aceitação, de cuidado e de "libertação", é muito importante o cuidado das pessoas que são especiais para você, que você ama, pois é um momento delicado, difÃcil e muitas palavras machucam com maior facilidade. Algo que eu não tive de muitas pessoas que eu amo ou amava, que faziam parte da minha vida, do meu dia a dia. Se nem elas pudessem me apoiar, imagina o mundo lá fora? Quando eu nem mesma conseguia confiar em mim para sobreviver a transição, ao big chop e ao cabelo indefinido.
Nas férias de janeiro viajei para praia e foi novamente, uma situação muito delicada e de glamour zero, porque o cabelo resseca, quando molha e o creme sai completamente não tem forma, arma, fica com um aspecto completamente estranho, sabe? Pense numa esponja de aço, conhecida como bombril, a sensação é de ter isso na cabeça. Não é legal... Mesmo com todos os cuidados possÃveis, usando produtos especÃficos e de qualidade. Então não, não sei se recomendaria viver tudo isso para outra pessoa.
Atualmente, leio várias meninas falando que escovar o cabelo ou voltar a usar quÃmicas, é trair o movimento cacheado. Me pergunto, que movimento? Ninguém passa pela transição por você, ninguém sofre com o cabelo que "não tem jeito", por você, então ninguém tem o direito de julgar as suas decisões, pois é uma mudança não apenas fÃsica, mas que mexe com o emocional o tempo o todo. No meu caso, quando sinto vontade faço sim escova e aproveito cada minuto "lisa", pois me sinto feliz e bonita. Não penso em voltar a fazer quÃmica, pela saúde do meu cabelo que hoje, acredito ser muito mais importante. Mas não quer dizer que me sinta bem o tempo todo, bonita, feliz ou que viva um glamour.
A única certeza que posso passar diante de toda a minha experiência, é que essa mudança precisa começar primeiro internamente, para que você tenha força suficiente para aguentar esse processo todo, de forma saudável.
Confira imagens do antes e depois:
2014
2014/2015 - Alongamento
2016/2017 Indefinido e com escova.
A última foto é da semana passada, onde a diferença é extremamente gritante para a de cima, de um mês atras. São muitas mudanças e por mais que tudo pareça ser simples, não é. Por isso hoje resolvi falar a respeito da minha experiência.
Acredito que enquanto você se senti bem e a imagem que você vê no espelho te agradar, não tem porque mudar.
Insatagram: @blogamebatom
Facebook: Ame Batom
PS: O blog agora não tem mais canal no youtube, resolvi excluir de vez.
Quantas vezes, vemos vÃdeos de finalizações, inspirações de meninas cacheadas super maquiadas, marcas investindo nelas e quando você vai testar em você, daria um daqueles vÃdeos de expectativa vs realidade, sabe? Um belo meme para a internet. Você acorda, o cabelo esta uma verdadeira tristeza, todo amassado, algumas vezes sem chances de conseguir arrumar, é muito complicado viver todo esse processo.
Claro, para quem tem o cabelo mais solto, é muito mais fácil, pois mostra crescimento, é mais fácil para cuidar, para fazer penteados e esse tipo de coisa. Mas, no meu caso, o meu cabelo era de um jeito e hoje é muito mais crespo e menos cacheado, não mostra crescimento e a forma de pentear se resume em três formas, com grampo na lateral, sem nada e preso com uma meia ou elástico. Muitas vezes me olho no espelho e penso: será que fiz uma boa escolha? Pois sinceramente, não venho me achando nem um pouco bonita.
Além disso tudo, durante esse processo todo de aceitação, de cuidado e de "libertação", é muito importante o cuidado das pessoas que são especiais para você, que você ama, pois é um momento delicado, difÃcil e muitas palavras machucam com maior facilidade. Algo que eu não tive de muitas pessoas que eu amo ou amava, que faziam parte da minha vida, do meu dia a dia. Se nem elas pudessem me apoiar, imagina o mundo lá fora? Quando eu nem mesma conseguia confiar em mim para sobreviver a transição, ao big chop e ao cabelo indefinido.
Nas férias de janeiro viajei para praia e foi novamente, uma situação muito delicada e de glamour zero, porque o cabelo resseca, quando molha e o creme sai completamente não tem forma, arma, fica com um aspecto completamente estranho, sabe? Pense numa esponja de aço, conhecida como bombril, a sensação é de ter isso na cabeça. Não é legal... Mesmo com todos os cuidados possÃveis, usando produtos especÃficos e de qualidade. Então não, não sei se recomendaria viver tudo isso para outra pessoa.
Atualmente, leio várias meninas falando que escovar o cabelo ou voltar a usar quÃmicas, é trair o movimento cacheado. Me pergunto, que movimento? Ninguém passa pela transição por você, ninguém sofre com o cabelo que "não tem jeito", por você, então ninguém tem o direito de julgar as suas decisões, pois é uma mudança não apenas fÃsica, mas que mexe com o emocional o tempo o todo. No meu caso, quando sinto vontade faço sim escova e aproveito cada minuto "lisa", pois me sinto feliz e bonita. Não penso em voltar a fazer quÃmica, pela saúde do meu cabelo que hoje, acredito ser muito mais importante. Mas não quer dizer que me sinta bem o tempo todo, bonita, feliz ou que viva um glamour.
A única certeza que posso passar diante de toda a minha experiência, é que essa mudança precisa começar primeiro internamente, para que você tenha força suficiente para aguentar esse processo todo, de forma saudável.
Confira imagens do antes e depois:
2014
2014/2015 - Alongamento
2016/2017 Indefinido e com escova.
A última foto é da semana passada, onde a diferença é extremamente gritante para a de cima, de um mês atras. São muitas mudanças e por mais que tudo pareça ser simples, não é. Por isso hoje resolvi falar a respeito da minha experiência.
Acredito que enquanto você se senti bem e a imagem que você vê no espelho te agradar, não tem porque mudar.
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PS: O blog agora não tem mais canal no youtube, resolvi excluir de vez.