Falar sobre amor não é uma tarefa fácil, pois além de todo o afeto, melosidade, desilusões e tudo o que envolve esse belo sentimento, existem escolhas difÃceis a respeito de relacionamentos e sexualidade. Quando se cresce dentro da igreja aprendemos que o sexo é para ser entre um casal, é o que consideramos a consumação e o que a lei também diz, embora hoje não seja considerado crime o ato sexual fora do casamento. No entanto, para nós que vivemos aquilo que pregamos é uma questão de escolha e não de obrigação se guardar para a pessoa que vier a se tornar o seu marido.
Nos últimos dias li comentários agressivos de pessoas cujo a fé é nenhuma, o conhecimento da palavra de Deus não existe, porém, as opiniões são extremamente rudes e sem fundamento, dizendo que somos obrigadas a nos manter virgem, sendo este um pensamento machista. Para aqueles que não conhecem a palavra, quando nos casamos dentro da religião nos tornamos um só corpo, sendo um a união do outro. Toda a palavra, todo o ensinamento nos guiam para fazer duas escolhas, a de optar por se manter virgem e aguardar o amor que acreditamos, e a de escolher entrar na vida sexual.
Eu escolhi esperar sendo a única em uma famÃlia enorme, onde a minha geração são de 22 netos e somente uma, sendo eu, escolhi esperar. Todos nós tivemos a mesma criação, a mesma religião e ensinamentos, mas apenas uma resolveu escolher esperar. Isso tem que vir de dentro, do fundo do coração e da nossa alma, tem que ser por amor, tem que ter fé. Não fui doutrinada para tal, não fui pressionada e nem foi uma decisão feita por conta do machismo do homem.
Em primeiro lugar, acredito que para julgar uma religião você tem que conhecer muito bem, tem que ter vivido para saber exatamente como é, sobretudo, ainda sim saber que é preciso respeitar.
Neste texto não vim contar meus sonhos, não vim compartilhar uma resenha ou falar sobre algo aleatório. Vim dizer o que penso, sendo alguém que cresceu dentro da palavra de Deus, hoje tem conhecimentos sobre as leis e toda a base jurÃdica, e ainda se mantém firme na palavra.
Texto: ThaÃs Ferreira