Carta com os mais puros sentimentos

20:50




Querida Giulietta, 

Eu escrevia cartas de amor como uma forma de demonstrar meus sentimentos, de colocar o que havia de mais puro no meu coração para fora, na esperança de que isso fosse tão acolhedor para quem a receberia quanto era para o mim descrever tudo o que sentia, afinal amor é algo tão nobre. 

Quando penso no amor penso em gentileza, penso em respeito, penso em reciprocidade e imagino um bom relacionamento como uma dança, onde dois avançam, cedem, esperam, respiram, recomeçam e vivem a mais bela das experiências. 

Quando penso no amor, penso em tudo o que é puro, no sentimento que se renova, que nunca falha, que tudo crê, tudo espera, tudo suporta, que não pensa nos seus próprios interesses, não guarda rancor, não mantém ódio, que não se corrompe, que está sempre disposto a perdoar, a dar e receber a amplitude das emoções em seu ser. 

Quando penso em amor penso em tudo vivi, nas lágrimas que derramei e no quanto por muitas vezes não soube me respeitar, respeitar meu tempo, meus sonhos, respeitar o meu “par perfeito”, respeitar que não estávamos bem, respeitar que precisávamos de um tempo para pensar e colocar tudo no lugar é então estarmos prontos para dialogar e nos ajustarmos, no quanto fui imatura e isso trouxe danos irreparáveis, aprendizados e amadurecimento. 

Mas Giulietta, se soubesse que ia doer tanto teria feito um workshop emocional, isso não custaria lágrimas, dores e frustrações a outras pessoas também. 

Durante toda essa jornada, nunca pensei sobre como poderia ser incompreendida por ser uma pessoa romântica, apaixonada e que acredita em segundas, terceiras, quartas, quintas chances e bons recomeços. Sim, sempre estou disposta a conversar, pedir perdão, pedir desculpas e recomeçar, embora isso pode parecer a coisa mais idiota possível, mas sabe, não considero as pessoas descartáveis e sim memoráveis. 

No entanto, voltando a falar sobre as cartas de amor, há alguns dias estive com o meu Romeu, a pessoa por quem sou apaixonada há mais dias do que sou capaz de me lembrar, a pessoa por quem chorei incontáveis noites com saudades e querendo saber ao menos se ele estava bem. É Giulietta, não poderia me apaixonar sem que houvesse algum tipo de drama envolvido, eu não seria eu se não fosse assim e se não sonhasse mil vezes com esse encontro, aliás, foi um bom encontro. 

De todos os momentos, de todas as coisas que fizemos e todo o tempo que passamos juntos, poderia listar três coisas como as melhores coisas daquele dia após mais de um ano de espera: 

1 - o nosso abraço: ah, eu poderia morar naquele abraço que me deu mais calmaria do que sou capaz de descrever, bem como sentir o cheiro dele. Como eu desejei este momento. 

2 - o nosso primeiro beijo: eu não esperava que fosse acontecer naquele momento, mas foi só olhar para o rosto dele que nada mais importava, naquele segundo eu era inteiramente dele. 

3 - avariar seu rosto enquanto olhava em seus olhos e os mínimos detalhes de seus traços: isso me fez lembrar do porque estava ali, do quando sou completamente apaixonada nos mínimos detalhes daquele homem. 

Sinceramente, não trocaria um detalhe da nossa história, ela me tornou uma mulher mais forte, mais segura, bem resolvida e ao mesmo tempo ainda mais apaixonada, embora tenha o deixado ir.

É, as vezes o amor das dessas. É preciso muita coragem para expor um peito rasgado que sangra sentimentos, e sinceramente Giulietta, tudo o que eu mais queria em alguns momentos era dizer a seguinte frase a ele: “nunca desejei ser de alguém mais do que sua”, porém, guardo essa verdade apenas no meu coração como as boas lembranças de tudo o que vivemos. E se você me perguntar do que mais sinto falta? De ele ser a minha manhã de domingo, a minha paz, o meu aconchego, a minha tempestade e a minha ventania. 

As vezes ele é e era o homem da minha vida, tão sério, protetor e com a certeza de tudo, majestoso quanto um leão pronto para tudo, em outras ele é só um menino pronto para receber todo o meu carinho e permanecemos juntinhos por tempo indefinido, essa é a melhor parte. Em qualquer uma das suas facetas, ele é o dono da minha admiração, meu riso preferido, minha pessoa preferida em meio há tantas outras. 

Que bom que me apaixonei, que bom que ele veio, que bom que juntos construímos a nossa pequena história e acima de tudo, uma boa amizade, sobretudo, que bom ele foi e é o meu amor. 

Assim permanecerá enquanto meu coração assim desejar. E quanto ao hoje? O hoje viverei desperta, apaixonada por mim, pela vida e com um peito transbordando amor e gratidão. 

Espero que ao menos você, a protagonista de uma das maiores histórias de amor já criadas, seja capaz de me atender. 

Com amor, 

Escritos a Giulietta - Thaís Ferreira Santos

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